Com a chegada dos dias solarengos, dá mais vontade de tratar das hortas e jardins que deixámos abandonados durante o Inverno, certo? Não só isso, mas também com a crise, se pudermos produzir alguns alimentos para não ter de os comprar no supermercado, já é uma ajuda. Por isso, hoje a Zaask começa uma série de três artigos sobre como plantar hortaliças, para poder começar a experimentar plantar alguns alimentos que lhe são essenciais.


Comecemos pelo básico a saber de como plantar hortaliças.

O que são Hortaliças?

Segundo a Wikipédia, «Hortaliça» é um termo usado pelo nutricionismo, culinária e agricultura para nomear plantas, como legumes e vegetais, consumidas pelas pessoas como alimento. Do ponto de vista culinário e agrícola, geralmente não entram neste grupo alimentos como frutos, grãos, batatas, raízes tuberculosas, frutos secos, fungos e especiarias, embora de um ponto de vista nutricional possam ser considerados como tal.

Nestes artigos focaremos alguns desses legumes, leguminosas e vegetais, indicando algumas práticas, conselhos úteis e truques para quem quiser começar a plantar hortaliças, já que, com dedicação e algum espaço disponível, é possível produzir um número de hortaliças satisfatório para consumo doméstico. Abordaremos abaixo alguns aspectos a ter em conta quando plantar hortaliças como cenouras, feijões, alface, rabanetes e espargos.

Onde plantar hortaliças

Para plantar hortaliças e criar uma pequena horta repleta de produtos abundantes em vitaminas e nutrientes é necessário um espaço considerável, generosamente abastecido de terra. Pode, por exemplo, ser um espaço num quintal privado, jardim ou horta comunitária do bairro. Entre as vantagens de partilhar com alguns vizinhos uma horta comunitária estão a compra em grupo de fertilizantes e outros produtos e a troca (ou venda organizada) dos excedentes.

Uma forma fácil de plantar hortaliças é usando canteiros largos no chão, apropriados, entre outras, para: alface, chicória, cenoura, beterraba e salsa. Já legumes como o tomate, o pimento e a beringela crescem melhor nas zonas solarengas, em canteiros mais estreitos, com uma ou duas filas de plantas (os chamados leirões ou camalhões). Regra geral estes produtos começam por ser semeados num alfobre e depois transplantados para os canteiros de cultivo. Ambos os canteiros devem conter terra bem solta, destorroada. Uma terceira técnica, usada com alimentos um pouco maiores, como melancias e abóboras, é escavar covas em extensões mais vastas de terra.

Os primeiros passos com espécies amigas do agricultor

Alface

Esta espécie pode conter vários tipos de textura e cor e desenvolve-se bem na primavera e outono, quando o solo está fresco. Todos os tipos de alface crescem melhor com um solo bem irrigado e uma temperatura exterior de 7º a 24º C.

As alfaces são plantadas em tabuleiros com alvéolos ou directamente no campo entre Fevereiro e Maio ou de Setembro a Novembro. Com temperaturas muito baixas é preferível mantê-las resguardadas no interior, providas de boa iluminação. Ao atingir os 8 cm de altura podem ser transplantadas para o exterior, espaçadas por 20 a 30 cm de distância, bem drenado e fertilizado com composto.

A rega deve acontecer nas horas mais frescas para que as alfaces não apodreçam. Para evitar uma produção abundante numa só leva, é aconselhável espaçar a plantação nas sementeiras. É possível aproveitar algumas sementes das alfaces: basta cortá-las da planta quando esta tiver florescido, secá-las e guardá-las para a estação de cultivo seguinte.

A colheita é sempre feita pela manhã, entre os meses de Abril e Junho no verão, ou de Setembro a Dezembro no Inverno. Consoante o tipo de alface, esta é colhida de uma só vez ou por fases. As alfaces com configuração de repolho, por exemplo, são colhidas inteiras; já nas de tipo romano começa por ser feita apenas a colheita das folhas exteriores e é dado mais tempo à planta, para que continue a desenvolver folhas no interior. Depois da colheita devem ser lavadas e armazenadas num saco no frigorífico, e novamente lavadas antes de consumidas.